Eu hoje joguei tanta coisa fora

... e vi o meu passado passar por mim. Tirei o dia pra fazer uma limpa total no meu escritório. É surreal ver meu progresso na empresa. Todos os projetos que trabalhei, todas as pessoas que me ajudaram (e também as que me infernizaram o juízo), tudo o que realizei e a lista de coisas a realizar. Mais surreal ainda é saber que tudo termina aqui: cabeças rolaram na terça e meu nome estava mesmo no listão, junto com mais 950 nomes.

A cabeça está no lugar, animada com o milhão de possibilidades. San Francisco é um ótimo lugar pra estar - tanto emprego legal e tanta gente a conhecer. O corte veio acompanhado de um cheque generoso, então não estou com uma mão na frente e outra atrás. Tem tempo pra escolher o novo passo, e até pra parar um pouco pra apreciar a vida.

Mas o coração não quer saber de largar o passade de 3 anos na empresa. É difícil me despedir de toda essa gente que eu respeito e quero bem. São meus amigos das horas boas e horas ruims; são os meus heróis, gente que eu quero ser quando crescer.

Papai Noel, que essa saudade passe logo.

Meu emprego subiu no telhado

Tenho o péssimo hábito de tentar traduzir expressões brasileiras para o inglês. Pior ainda, tenho o mal hábito de usá-las no ambiente de trabalho. Ainda bem que o pessoal entende que eu sou a gringa maluca e deixa pra lá. Uma de minhas expressões favoritas que uso no trabalho é ¨your cat climbed up the roof¨, uma alusão a uma piada sem graça que Eda contava.

Depois de semanas de fofoca de ¨listão¨na empresa, hoje tive oportunidade de falar com o chefe de meu chefe e perguntar sobre minha situação. Ele disse que não pode me contar o que está acontecendo, mas fez questão de perguntar se o emprego de meu marido é estavél.

Pois bem, quem parece ter subido no telhado foi meu emprego.

A Glória da Comida A Kilo

Hoje eu achei um restaurante de comida a kilo (na verdade, a libra) e me realizei. A glória de poder misturar tofu, couscous marroquino, batata gratinada e franguinho assado nunca foi tão palpável. Só falta agora arranjar um lugar onde eu possa misturar feijoada com sushi. Ai, que saudade do Top Hals...

Querido Papai Noel


... por favor me dê o DVD de Ivete Sangalo ao Vivo no Maracanã. O Ao Vivo na Fonte Nova arranhou de tanto que eu assisti.

E se rolar no meu niver, melhor ainda :-)

A Felicidade Não Existe...


... o que existe na vida são momentos felizes. Essa é a maior verdade do mundo, mesmo que cantada por Odair José.

Estou lendo o livro "Stumbling on Happiness", uma tentativa de descrever o que é a felicidade e como é que o ser humano percebe que está feliz. Bem, eu percebi ontem. Antes do jantar. Na cozinha, cortando tomate pra fazer salada. Olhando pela janela e vendo o mar azulzinho da baía de São Francisco.

Assim, de faca em punho, me dei conta que muito do que eu sonhei quando pequena eu alcancei. Amo meu marido, tenho muitos amigos (apesar de nem todos estarem convivendo diariamente comigo), tenho 2 gatinhos lindos, sou bem sucedida no emprego, viajo com frequência, experimento novas comidas todo dia e vivo num lugar massa.

Ontem estava voltando pra casa, e o metrô passa pela Bay Bridge (da foto). É essa a vista que tenho TODOS os dias. Chego em casa e ainda tem um tiquinho de mar na minha janela. É como se a minha experiência do Pituba R-2 descendo a ladeira da Barra depois do Marista tivesse tomado hormônio de crescimento. Então me encontro nessa cidade nova, mas com esse sentimento de que aqui é o meu lugar.

É Odair, esse é o meu momento feliz.

Parcelando a Dor

Esse ano eu perdi um grande amigo. Não por morte ou distância, mas por opção. Após várias tentativas de revê-lo, recebi uma mensagem dele dizendo "não me procure mais". Fiquei confusa, depois triste, depois com raiva. Hoje em dia, fico mesmo é com saudade. É tanto passado junto que é impossível esquecer, e é tanto futuro pela frente que meu amigo se recusa a compartilhar comigo.

Desde então tento não pensar nisso, mas esse fim de semana li uma passagem num livro que me trouxe tudo de volta. O protagonista escreve um carta ao seu melhor amigo, de quem ele propositadamente se distanciou:

"Não suporto a idéia de me aproximar de você, ou de me aproximar ainda mais de você, apenas para ver você morrer e me deixar sozinho. Você é meu melhor amigo. O melhor amigo que eu jamais tive. Eu tenho que proteger isso.

Eu não te ligo ou te visito mais porque eu estou te matando agora, enquanto é mais fácil. Porque eu ainda posso falar com você. Faz sentido pra mim me distanciar agora, enquanto você ainda está saudável, em vez de acontecer uma noite dessas do nada.

Estou tentanto parcelar a dor da perda. Em vez de sentir de uma vez só."
O foda é que eu não sei quantas parcelas são nessa brincadeira. E pra mim, tá doendo muito todo dia.

Momento Abutre

Segunda da semana passada estava tentando negociar com o RH de San Francisco pra descolar uma sala. Tenho uma sala massa no escritório de Atlanta - de esquina, num corredor sem movimento, com um janelão ensolarado que me dá oportunidade de ter plantas. Mas o rapaz de San Francisco só queria saber de me botar em um cubículo minúsculo e com carpete mofado: "todas as salas já tem dono".

Aí na quarta-feira veio notícia de re-organização na empresa. Redundâncias. Demissões. A primeira coisa que veio na cabeça foi "será que vaga uma sala pra mim?". Tem dias que acho que tô pagando as parcelas de um apartamento no inferno.

Avião II

Estava uma vez no carro com Su, num engarrafamento. Ela estava fazendo faculdade em Sampa, e passava as férias em Salvador. Estávamos caladas, de saco cheio com os carros que não saíam do lugar. Até que Su olha pra mim e diz: eu não entendo certas coisas. Até absorvente higiênico avança: é fino, sempre seco, super absorvente, com abas. Mas não tem ninguém melhorando a tecnologia da janela do avião. É sempre aquela coisa pequena, embaçada, arranhada. Nunca dá pra ver nada direito.

Você está 100% certa, minha amiga. Eu também não entendo.

Avião I

Sexta-feira passada estava num avião 777 a caminho de San Francisco. Começou o filme - Casino Royale - e é óbvio que fui assitir de novo. Logo percebi que James Bond tinha uma linha rosa acima e uma linha verde abaixo de sua silhueta. Aí penso: se eles não conseguem ajustar corretamente as cores do filme, que garantia tenho eu de que eles ajustaram corretamente as turbinas? Viajar de avião é um ato de fé.

Minha Pátria é Minha Língua

Caetano já disse que adora nomes em ã de coisa como rã e ímã... Me pego com saudades de nomes com "em": emperiquitada, embecada, embasbacada. Ou desbunde. Fantasio dizer que me emperiquitei pra festa, que foi um total desbunde. Sei que estou em casa quando digo ao camelô "quanto é a pinha, freguês? e o jambo? e o litro de umbu? a cajarana tá madura?".

Às vezes penso em ter filhos só pra poder propagar esse vocabulário que só a Bahia tem.

Novos Gladiadores

Fui ver 300 no cinema esta semana. Ainda estou embasbacada. São filmes como este que me dão vontade de voltar no cinema mais e mais. A estória é previsível, mas a interpretação do diretor é única. Os efeitos especiais, a música, as lutas...

Mas bom mesmo é quando os Persas pedem aos Espartanos que se rendam: "milhares de nações do Império Persa descerão sobre vocês. Nossas flechas irão tapar o sol". O Espartano, sem nem piscar, responde: "Assim sendo, lutaremos na sombra." Detalhe é que o Espartano se encontra de sunga preta, chinelinho de couro e capa de Super-Homem. Ô raça.

Fiquei mais emocionada do que quando vejo Gladiador. Aí me vem o pensamento: quem ganharia a briga entre Maximus e Leonidas? É como perguntar se as facas Ginsu cortam mesmo as meias Vivarina... ninguém jamais saberá.

Lar, Novo Lar

Finalmente tenho um novo lar, numa cidade que é pra lá de boa! Parece que todos os meus desejos foram atendidos: é nascente, com vista pro mar (OK, tem que esticar o pescoço um pouquinho pra ver, mas é azulzinho que só), pertinho do trabalho, do cinema, de restaurantes, do supermercado, da estação de metrô...

Dia primeiro de abril começa uma nova etapa! Até lá, vou marcar váaaaaarios bota-foras.

$390 milhões

O prêmio da loteria acumulou em 390 milhões de dólares. Aqui a loteria sorteia duas vezes na semana, e todo dia quando vou pro trabalho vejo o outdoor gigante com o valor corrente. Todo dia passava, via o prêmio crescendo e pensava: essa semana eu jogo!

Ontem teve sorteio. Hoje o outdoor mostrou 12 milhões, o que significa que alguém ganhou. Pensei: nossa, bem que podia ter jogado. Imagina quanta coisa que eu ia poder fazer com 390 milhões... viagens, festas, não me preocupar com aluguel...

Até que meu cunhado perguntou: se você ganhasse, você voltava pro Brasil? E comecei a pensar em como eu ia dividir o prêmio com a família e os amigos, e conseguir não ter nenhuma pessoa amada sequestrada no processo. Em segundos as minhas viagens e festas foram substituídas por grades e carro blindado.

É. Foi melhor não ter jogado mesmo.

Valor: meu ou dos outros?

Ontem fiquei pensando depois de conversar com minha irmã Eda. Valor é uma coisa que a gente tem, ou que os outros dão a gente?

Um exemplo: trabalho. A menos que você tenha ganhado a loteria, você passa 50% ou mais do seu tempo acordado em algum escritório, consultório, ou coisa parecida. Se você tem sorte, o seu trabalho te dá mais do que o contra-cheque no final do mês. De repente é um colega que te ensina coisas novas, ou o melhor amigo que é muito engraçado e faz o tempo passar rápido, ou o chefe que te inspira a fazer melhor. Se você não tem tanta sorte, provavelmente chega em casa de saco cheio de ter passado tanto tempo num lugar tão chato.

É aí que a gente começa a se perguntar se não há nada melhor para fazer. Dar o zignal no trampo e viajar pelo mundo; fazer um curso para aprender coisas novas; procurar emprego novo naquele lugar que você sempre sonhou. São semanas - às vezes meses - que a gente leva pra tomar a decisão de pedir as contas. Aí seu chefe diz: "vai sair? ok." e de repente todos os seus sonhos meio que desaparecem momentariamente. Como assim, ok? Eu sou substituível? Todo o tempo e esforço que dediquei não serviram de nada? Amanhã chega o novato e ninguém nem lembra tudo o que eu fiz aqui... eu sou um zero à esquerda.

É piração, mas acontece nas melhores famílias. O valor está com a gente, não com o chefe. Foi a gente que deu a raça no trampo enquanto foi bom, e que teve a coragem de continuar a batalhar por um caminho melhor quando deixou de ser bom. O valor está aí.

Gladiador

Quando me mudei pros States em 2000 fiquei em casa por uns meses. Como não tinha visto de trabalho, terminava passando muito tempo em frente ao computador e a TV. Então rapidamente tomei raiva do filme Gladiador. O comercial do filme passava de 15 em 15 minutos "O general que virou escravo... o escravo que virou gladiador... o gladiador que desafiou o imperador..." e encheu tanto meu saco que não fui ver no cinema.

Quanto arrependimento... 7 anos se passaram, e hoje em dia Gladiador é um dos meu filmes prediletos. Acredito ter visto mais de 20 vezes. Toda vez que passa na TV eu assisto, e toda vez fico arrepiada e emocionada exatamente no mesmo momento. Toda vez ligo pra Lys (como hoje) pra repetir as falas do filme (Gabi, Gladiador é meu novo Top Gun).

Vão aqui alguns de meus preferidos momentos:

  • "What we do in life echoes in eternity". Final feliz para um discurso que inclui "vocês já estão todos mortos".
  • "At my sign, unleash Hell". Nada como começar a batalha soltando o seu cachorro Hell em cima dos inimigos.
  • "Are you not entertained?". O cara mata bem uns 7 em menos de 2 minutos e fica todo irritadozinho-e-mau só porque a platéia demora para aplaudir.
  • Panis et Circenses. Amo quando os soldados jogam pão para a galera do Coliseu. Me lembra o programa do Chacrinha.
  • "My name is Maximus Decimus Meridius... father to a murdered son, husband to a murdered wife, and I will have my vengeance in this life or the next". Oh yeah. Tenha medo. Tenha muito medo.
  • "Why is he not dead? That vexes me. I'm terribly vexed". Americanos fazendo papel de Romanos que falam inglês com sotaque Britânico e eu só consigo pensar em minha mãe dizendo que "ficou vexada".

Morangos do Nordeste?






Certas coisas me lembram certas pessoas. Morangos me lembram minha irmã Yse, que se comporta como criança pequena quando vê morangos grandões.

A temporada de morango começou, e a caixinha que trouxe do supermercado tinha esse aí. Vermelhão, rechonchudo, quase do tamanho de minha mão. Delicioso.

Comi em sua homenagem, minha irmã. A saudade é grande.

Música e Humor

O tempo e meu humor sempre ditaram a música que eu ouço. Dias frios e chuvosos, gosto de ouvir Billie Holiday, Ella Fitzgerald e Norah Jones. Dias ensolarados e quentes gosto de música de carnaval. Engarrafamento pede por Guns'n'Roses - eu posso tocar minha guitarra imaginária e usar o volante como bateria.

Então amei a idéia de fazer uma rádio baseada no seu humor. É só indicar se você está calmo ou animado, positivo ou dark, que o site cria uma rádio com música apropriadas. Amei!

Resenha de Fevereiro

Fevereiro tem dias de menos mas teve notícia de mais. Tanta que nem tive tempo de parar pra escrever. Aqui vai um resumão:

  1. Passei duas semanas no Brasil, revendo família e amigos. Nada melhor para recarregar as baterias. Conto mais depois.
  2. Tô mudando para San Francisco. Yudi já está lá num flat e está amando. Falta agora achar um apê definitivo e completar a mudança.
  3. Consegui negociar com meu chefe pra continuar no trampo. Estava preparada pra dar o zignal e procurar algo novo em San Francisco, mas vai ser bem mais fácil chegar na cidade nova com um emprego fixo. Como diz o ditado, dinheiro não traz felicidade mas paga as contas.
  4. Fui convidada pra ser madrinha da filha de Gerard. Estou tão emocionada... primeiro porque isso significa que tenho amigos de verdade nos States, segundo porque o batizado será em Trinidade e Tobago. Definitivamente conto mais depois.

Pois é. Amanhã começa um mês novo. Que os dias a mais se traduzam em mais posts!

Presépio não é uma presepada...


Mãe, essa é pra você! Estava em Orlando, no parque da MGM, e vi um presépio em tamanho natural. Só lembrei de você... Feliz Natal atrasado!

Que saudade eu sinto da Bahia... e de Praga

Dias de sol em Atlanta, principalmente no inverno, me dá saudade de casa. Vejo o céu azulzinho do meu escritório e fantasio que além do prédio da frente está a balaustrada da praia da Pituba. Fecho os olhos e imagino o sol se pondo deixando o mar brilhando, as barracas vendendo coco gelado e quase posso sentir o cheiro de acarajé fresco... aí eu pisco e meu dou conta que está 10 graus lá fora e que além do prédio tem mais prédio. Pra não dar baixo astral eu ligo o som alto com alguma música de carnaval!

PragaJá me acostumei com esse ritual e não pensei que iria sentir saudade de lugar algum como sinto de Salvador. Mas ultimamente me pego fantasiando com Praga.

Yudi e eu visitamos Praga pela primeira vez em Novembro de 2006. Eu queria tirar uma semana de férias e ver Gabi em Viena. Mas uma semana em Viena seria muito, então que outro lugar visitar?

Depois de muito olhar na Internet por possíveis lugares, e considerando o outono brabo da Europa, optamos por Praga - embora não conhecesse nada do lugar, sabia que era uma das cidades preferidas de Lívia Antônia.

Comidas TípicasComprei uns guias e fiquei impressionada com as fotos bonitas, mas nada me preparou para a cidade em si. Muito lindo! A ponte de São Marcos, o castelo, as igrejas barrocas, as praças, os prédios cubistas, as façadas.... mas o melhor mesmo foi a comida e bebida. Dê só uma sacada na descrição do guia Lonely Planet (desculpa a tradução mal feita): "O prato típico, que é servido em praticamente todos os restaurantes Tchecos, é 'knedlo, zelo, vepro' (pastel cozido no vapor, chucrute e porco assado). Cominho, sal e bacon são os tempeiros mais usados - os chefes Tchecos são bastante generosos com o sal. E tudo é lavado com álcool, especialmente cerveja. Definitivamente não é comida diet." Como posso resistir?

Andamos a cidade toda, indo a praticamente todos os pontos turísticos - e outros não tanto - que o Lonely Planet indicou. O lance era conhecer a cidade de dia e pegar o cachorro-quente da "carrocinha" da praça Wenceslav na volta pro hotel. Aprendi que a cerveja Pilsen foi inventada na República Tcheca, e que os caras levam cerveja a sério. Segundo o guia, Tcheco que se preza não toma cerveja de lata - isso é coisa pra "gringo". Foram quatro dias de joelho de porco com cerveja local (Urquell e Staropramen, que delícia)!

U Zlateho Tygra Mas a revelação final - e a razão de minha eterna saudade - foi o U Zlateho Tygra (Tigre de Ouro), o bar que visitamos no último dia. Foi uma das experiências mais interessantes dos últimos tempos.

A gente ia pegar o ônibus pra Viena no fim da tarde então não dava pra fazer muita coisa. O check-out já tinha sido feito, os lugares mais famosos já tinham sido vistos... eram quase 3 da tarde e estávamos de bobeira só esperando dar a hora de pegar o ônibus.

Aí resolvemos dar uma olhada nesse bar - o guia dizia que era um dos únicos bares de Praga que tinha mantindo a "alma" original, ou seja, não tinha mudado pra atrair turistas. Nossa, como foi verdade.

Localizamos o endereço, mas a porta estava fechada. Não sei ler Tcheco, então assumi que o bar tinha falido ou coisa parecida. Quando ia indo embora, um cara me olhou e apontou pro relógio. Foi aí que entendi que o bar só abria às 3 - e que tinha uma galera esperando. Assim que deu 3, a porta abriu e entramos todos.

Olha só o esquema:

  1. Não tem menu. Tem um quadro-negro na parede da entrada que diz "Pivo 32Krs". No bom português: só serve cerveja, só serve de meio-litro, e é "dois real".
  2. A área do bar consiste em 1 estante com canecas de meio litro, 1 pia, 1 torneira onde sai cerveja gelada, 1 cara que pega a caneca da estante, passa uma água e a enche de cerveja e 1 balcão de meio metro onde ele coloca a caneca cheia. Nunca vi coisa mais eficiente.
  3. Não tem mesa individual. Tem bancos tipo de picnic, que sentam até 6 pessoas, com uma pilha de porta-copos e umas folhas de papel. Você senta onde tiver vazio.
  4. Assim que você senta, vem o garçom (só tem 1 cara) e coloca uma caneca cheia em cima de um dos porta-copos, na sua frente. Ele pega o pedaço de papel e dá um risco. Nenhuma palavra é trocada.
  5. Você levanta a caneca pra tomar o último gole. No momento que você coloca a caneca no porta-copo, vem o garçom e troca a vazia por uma cheia e dá outro risco no seu papel. De novo, nenhuma palavra é trocada.
  6. Na hora que você cansou de comer água, é só tapar a caneca com o porta-copo. Isso indica ao garçom que você quer "passar a régua". Você conta os riscos do seu papel, coloca o dinheiro na mesa e o garçom vem e recolhe (e te dá troco, quando for necessário). Vou repetir, nenhuma palavra trocada com o garçom.
Então é isso que consiste o verdadeiro boteco Tcheco. Uma ode ao consumo da cerveja boa, uma perfeita linha de produção do "come água". E pra quem não prestou atenção, eu falei "galera". É. Galera. Quarta-feira, 3 horas da tarde. Não era feriado. O bar tava cheio. Todo mundo nativo menos eu, Yudi, e dois alemães.

Ai, que saudade eu tenho da Bahia... e de Praga.

Sapatênis

Resolução de ano novo #2: usar sapato de salto baixo.

Que emoção! Sempre tive complexo de baixinha (obrigada Yse por me chamar de nanica a vida toda), então só uso sapato alto. Este fim de ano, o pé doída tanto do salto alto que nao aguentei e comprei um sapatênis... o primeiro que eu achei... numa loja de skatista.

De princípio achei que não era a minha cara, mas como não aguentava mais o salto, qualquer coisa serviria. Hoje estou amando o meu sapatênis - ele é super confortável! Assim dá pra andar por mais ruas :-)

Em homenagem ao niver de Liliu

Liu, essa estória é a sua cara. Não sei exatamente quando, mas nasceram dois filhotes de leão no San Diego Wild Animal Park. Um dos filhotes morreu, então o pessoal do parque resolveu colocar um mastife italiano (Cairo) pra brincar com o leaozinho (Koza, de 2 meses e meio) que sobreviveu.

A idéia é que leões são animais sociais e Koza precisava de alguém com quem interagir. As fotos são as coisas mais lindas do mundo...

Feliz niver minha irmã! Tô com saudades!

Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo...


que tudo se realiiiiiize, no ano que vai nasceeeeeerrrr...

Comecei o ano com o pé direito: passei o Reveillon em Miami com Paula, Su, Yudi e Yuri. Família e amigas de longas datas. Some a isso o calor de Miami, beira de piscina, roupas brancas, supertição - lentilhas no bolso, 12 uvas na hora da virada - e como não podia deixar de ser, É O Tchan de fundo.

Segundo Su, a festa ia esquentar mesmo às 3 da matina quando, entre outras coisas, iríamos dançar com o bambolê. Su, tomei falta. O bambolê fica pro ano que vem, tá?

Sempre ouvi dizer que a gente passa o ano todo repetindo o que fez durante o Reveillon. Se essa lenda é verdadeira, então tô bem! E viva 2007!!

Hello World!

Resolucao de Ano Novo: comecar um blog. Feito.

E nada melhor do que começar escrevendo sobre coisas que amo: Yudi, família, amigos, viagens, comida, cinema e felinos!

Quem sabe assim melhoro o meu português. É tanto tempo sem escrever que estou enferrujada...